Por Vitor Barbosa dos Santos
Ao entrarem no mercado de trabalho, as mulheres negras, encontram bastante desvantagens, mesmo que sua participação seja mais intensa que a de mulheres não-negras. A descriminação racial se acumula à ausência de equidade entre os sexos, aprofundando desigualdades e colocando as mulheres negras na pior situação comparada aos demais grupos (homens não-negros e negros e mulheres não negras). Elas sofrem dupla discriminação de sexo e cor pela sociedade, as mulheres de classe baixa encontram-se em situações de trabalho mais precárias, com salários baixos e apresentam altos índices de taxas de desemprego (DIEESE, 2005).
Ao entrarem no mercado de trabalho, as mulheres negras, encontram bastante desvantagens, mesmo que sua participação seja mais intensa que a de mulheres não-negras. A descriminação racial se acumula à ausência de equidade entre os sexos, aprofundando desigualdades e colocando as mulheres negras na pior situação comparada aos demais grupos (homens não-negros e negros e mulheres não negras). Elas sofrem dupla discriminação de sexo e cor pela sociedade, as mulheres de classe baixa encontram-se em situações de trabalho mais precárias, com salários baixos e apresentam altos índices de taxas de desemprego (DIEESE, 2005).
As mulheres representam a maioria da força de trabalho, no entanto, continuam a receber salários inferiores aos dos homens. A remuneração da mulher é, em média, 82,3% da remuneração do homem e as aquelas que apresentam nível escolar superior completo só conseguem receber 58% do salário dos homens com igual escolaridade. Além das diferenças salariais, há os obstáculos ao seu acesso aos cargos mais elevados e qualificados, que concentram o poder e os melhores salários, e quando conseguem alcançar esse posto de trabalho tendem a ser menos valorizados. O acesso e a permanência no emprego continuam vinculados a comprovação de não gravidez, limite de idade, experiência profissional, portanto estabelecimento de critérios para contratação. Quando estas conseguem o cargo almejado ainda podem se deparar com outro problema ambiente de trabalho o assédio sexual e assédio moral (LIMA, 2004).
O movimento de mulheres negras vem atuando politicamente sobre os aspectos étnicos/raciais e sociais desenvolvendo novos acordos e associações. Cresce ao mesmo tempo entre as mulheres negras, a consciência de que o processo neoliberal que, entre outras coisas, acentua o processo de feminização da pobreza colocando a necessidade de articulação e intervenção da sociedade civil a nível mundial. Essa nova consciência tem levado estas mulheres a desenvolverem ações e criar instituições para buscarem melhoria das condições de vida, inserção no mercado de trabalho e conseqüentemente maior visibilidade social (PINTO, 2006).
REFERENCIAS
DIEESE. A mulher negra no mercado de trabalho metropolitano: inserção arcada pela dupla discriminação. Estudos e pesquisa, 2005. Disponível em: <http://www.dieese.org.br/esp/estpesq14112005_mulhernegra.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2011.
PINTO, Giselle. Situação das mulheres negras no mercado de trabalho: uma análise dos indicadores sociais. Minas Gerais, set. 2006. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/docspdf/ABEP2006_298.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2011.
LIMA, M.E.B. Organização das mulheres na central, sobre a discriminação sofrida pelas mulheres no mercado de trabalho, política de cotas e sobre sua própria trajetória de Mulher trabalhadora e sindicalista. Em Revista, Santa Catarina, ano 3, N° 5, p. 14-15, 2004. Disponível em: <http://www.observatoriosocial.org.br/download/emrevista5.pdf>. Acesso em: 09 dez. 2011.
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